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DIPIRONA SÓDICA
dipirona sódica, cafeína


dipirona monoidratada EMS S/A

Solução oral 50 mg/mL

  1. - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

    dipirona monoidratada

    “Medicamento Genérico, Lei n°. 9.787 de 1999”


    APRESENTAÇÃO

    Solução oral de 50 mg/mL. Embalagem contendo um frasco de 100 mL + copo dosador.


    USO ORAL

    USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 3 MESES


    COMPOSIÇÃO

    Cada mL de solução oral contém:

    dipirona monoidratada*..................................................................................................................52,703 mg

    veículo** q.s.p.........................................................................................................................................1 mL

    *equivalente a 50 mg de dipirona.

    **hietelose, metabissulfito de sódio, sorbato de potássio, benzoato de sódio, ácido cítrico, vermelho de eritrosina dissódica, essência de framboesa, sorbitol, sacarina sódica, ciclamato de sódio e água purificada.


  2. - INFORMAÇÕES AO PACIENTE


    1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

      Este medicamento é indicado como analgésico (para dor) e antitérmico (para febre).


    2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

      A dipirona é um medicamento utilizado no tratamento da dor e febre. Tempo médio de início de ação: 30 a 60 minutos após a administração e geralmente duram aproximadamente 4 horas.


    3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

      A dipirona não deve ser utilizada caso você tenha:

      • reações alérgicas, tais como reações cutâneas graves com este medicamento;

      • alergia ou intolerância à dipirona ou a qualquer um dos componentes da formulação ou a outras pirazolonas ou a pirazolidinas (ex.: fenazona, propifenazona, isopropilaminofenazona, fenilbutazona, oxifembutazona) incluindo, por exemplo, experiência prévia de agranulocitose (diminuição acentuada na contagem de glóbulos brancos do sangue) com uma destas substâncias;

      • função da medula óssea prejudicada (ex.: após tratamento citostático) ou doenças do sistema hematopoiético (responsável pela produção das células sanguíneas);

      • desenvolvido broncoespasmo (contração dos brônquios levando a chiado no peito) ou outras reações anafilactoides, como urticária (erupção na pele que causa coceira), rinite (irritação e inflamação da

        mucosa do nariz), angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas) depois do uso de

        medicamentos para dor (ex.: salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno);

      • porfiria hepática aguda intermitente (doença metabólica que se manifesta através de problemas na pele e/ou com complicações neurológicas) pelo risco de indução de crises de porfiria;

      • deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD), pelo risco de hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos, o que pode levar à anemia);

      • gravidez e amamentação (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”).

        Este medicamento é contraindicado para menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe

        imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.


    4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

      Agranulocitose (diminuição do número de granulócitos, que são tipos de glóbulos brancos, em

      consequência de um distúrbio na medula óssea) induzida pela dipirona é uma ocorrência de origem imunoalérgica que pode durar pelo menos 1 semana. Essas reações são raras e podem ser graves, com risco à vida e, em alguns casos, fatais.

      Interrompa o uso da medicação e consulte seu médico imediatamente se alguns dos seguintes sinais ou sintomas ocorrerem: febre, calafrios, dor de garganta, lesão na boca.

      Pancitopenia [diminuição global de células do sangue (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas)]: interrompa o tratamento imediatamente e procure o seu médico se ocorrerem alguns dos seguintes sinais ou sintomas: mal-estar geral, infecção, febre persistente, equimoses (manchas roxas), sangramento, palidez.


      Choque anafilático (reação alérgica grave): ocorre principalmente em pacientes sensíveis. Portanto, a dipirona deve ser usada com cautela em pacientes que apresentem alergia atópica ou asma (vide “Quando não devo usar este medicamento?”).


      Reações cutâneas graves adversas: foram relatadas reações cutâneas graves com o uso de dipirona, como síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) (forma grave de reação alérgica caracterizada por bolhas em mucosas e em grandes áreas do corpo), Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) ou síndrome de Lyell (quadro grave, onde uma grande extensão de pele começa a apresentar bolhas e evolui com áreas avermelhadas semelhante a uma grande queimadura) e Reação Cutânea Associada à Eosinofilia e Sintomas Sistêmicos (manifestação rara induzida por hipersensibilidade aos medicamentos levando ao surgimento de erupções cutâneas, alterações hematológicas [no sangue]).

      Pare imediatamente o uso de dipirona e procure ajuda médica se notar algum dos sintomas relacionados a essas reações cutâneas graves descritas na seção “O que devo saber antes de usar este medicamento?”.

      Se você desenvolver algum desses sinais ou sintomas erupções cutâneas muitas vezes com bolhas ou lesões da mucosa, o tratamento deve ser interrompido imediatamente e não deve ser retomado (vide

      “Quando não devo usar este medicamento?”).


      Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

      Para as doses recomendadas, nenhum efeito adverso na habilidade de se concentrar e reagir é conhecido. Entretanto, pelo menos com doses elevadas, deve-se levar em consideração que as habilidades para se

      concentrar e reagir podem estar prejudicadas, constituindo risco em situações em que estas habilidades são de importância especial (por exemplo, operar carros ou máquinas), especialmente quando álcool foi

      consumido.


      Reações anafiláticas/anafilactoides (reação alérgica grave e imediata que pode levar à morte)

      Caso você esteja em alguma das situações abaixo, converse com seu médico, pois estas situações

      apresentam risco especial para possíveis reações anafiláticas graves relacionadas à dipirona (vide “Quando não devo usar este medicamento?”):

      • síndrome da asma analgésica ou intolerância analgésica do tipo urticária-angioedema;

      • asma brônquica, particularmente aqueles com rinossinusite poliposa (processo inflamatório no nariz e seios da face com formação de pólipos) concomitante;

      • urticária crônica;

      • intolerância ao álcool, por exemplo, pessoas que reagem até mesmo a pequenas quantidades de bebidas alcoólicas, apresentando sintomas como espirros, lacrimejamento e vermelhidão acentuada da face;

      • intolerância a corantes ou a conservantes (ex.: tartrazina e/ou benzoatos).

        Se você tem alguma alergia, informe ao seu médico e use dipirona somente sob orientação.

        Caso você já tenha apresentado uma reação anafilática ou outra reação imunológica a outras pirazolidas, pirazolidinas e outros analgésicos não narcóticos, também corre alto risco de responder de forma semelhante a dipirona.


        Reações hipotensivas (de pressão baixa) isoladas

        O uso de dipirona pode causar reações hipotensivas isoladas (vide “Quais os males que este medicamento pode me causar?”). Essas reações são possivelmente dose-dependentes e ocorrem com maior

        probabilidade após administração injetável. A dipirona deve ser utilizada sob orientação médica, caso você tenha insuficiência dos rins ou do fígado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes casos

        (vide “Como devo usar este medicamento?”).


        Lesão hepática induzida por drogas

        Casos de hepatite (inflamação do fígado) aguda de padrão predominantemente hepatocelular (células do

        fígado) foram relatados em pacientes tratados com dipirona com início de alguns dias a alguns meses após o início do tratamento. Os sinais e sintomas incluem enzimas hepáticas séricas (enzimas do fígado) elevadas com ou sem icterícia (cor amarelada da pele e olhos), frequentemente no contexto de outras reações de hipersensibilidade (alergia ou intolerância) a drogas (por exemplo, erupção cutânea (alteração na pele), discrasias sanguíneas (alterações no sangue), febre e eosinofilia (aumento de um tipo de células no sangue chamado eosinófilo)) ou acompanhadas por características de hepatite (inflamação do fígado)

        autoimune. A maioria dos pacientes se recuperou com a descontinuação do tratamento com dipirona; entretanto, em casos isolados, foi relatada progressão para insuficiência hepática (redução da função do fígado) aguda com necessidade de transplante hepático (transplante de fígado).

        O mecanismo de lesão hepática (lesão do fígado) induzida por dipirona não está claramente elucidado, mas os dados indicam um mecanismo imunoalérgico.

        Os pacientes devem ser instruídos a entrar em contato com seu médico caso ocorram sintomas sugestivos de lesão hepática (lesão do fígado). Nesses pacientes, a dipirona deve ser interrompida e a função

        hepática (atividade do fígado) avaliada.

        A dipirona não deve ser reintroduzida em pacientes com um episódio de lesão hepática (lesão do fígado) durante o tratamento com dipirona para o qual nenhuma outra causa de lesão hepática (lesão do fígado) foi determinada. A dipirona não deve ser tomada se você já tomou algum medicamento contendo dipirona e teve problemas de fígado. Se você não tiver certeza, converse com seu médico.

        Foi notificada inflamação do fígado em pacientes tomando dipirona, com sintomas que se desenvolveram alguns dias a alguns meses após o início do tratamento.

        Pare de usar dipirona e contate um médico se tiver sintomas de problemas hepáticos (do fígado) (vide “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).


        Outros medicamentos e produtos

        Informe ao seu médico se estiver a tomar um dos seguintes:

      • bupropiona, um medicamento usado para tratar a depressão ou como um auxiliar para parar de fumar;

      • efavirenz, um medicamento usado para tratar HIV / AIDS;

      • metadona, um medicamento usado para tratar a dependência de drogas ilícitas (os chamados opioides);

      • valproato, um medicamento usado para tratar a epilepsia ou doença bipolar;

      • tacrolimo, um medicamento usado para prevenir a rejeição de órgãos em pacientes transplantados;

      • sertralina, um medicamento usado no tratamento da depressão.


      Gravidez e amamentação

      Recomenda-se não utilizar dipirona durante os primeiros 3 meses da gravidez. O uso durante o segundo

      trimestre da gravidez só deve ocorrer após cuidadosa avaliação do potencial risco/benefício pelo médico. A dipirona não deve ser utilizada durante os 3 últimos meses da gravidez.

      A amamentação deve ser evitada durante e por até 48 horas após o uso de dipirona. A dipirona é eliminada no leite materno.


      Pacientes idosos: deve-se considerar a possibilidade das funções do fígado e dos rins estarem prejudicadas.


      Crianças: menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser tratadas com dipirona. É recomendada supervisão médica quando se administra dipirona a crianças pequenas.


      Restrições a grupos de risco: vide “Quando não devo usar este medicamento?” e “O que devo saber antes de usar este medicamento?”.


      Sensibilidade cruzada

      Pacientes que apresentam reações anafilactoides à dipirona podem apresentar um risco especial para reações semelhantes a outros analgésicos não narcóticos.

      Pacientes que apresentam reações anafiláticas ou outras imunologicamente-mediadas, ou seja, reações alérgicas (ex.: agranulocitose) à dipirona podem apresentar um risco especial para reações semelhantes a

      outras pirazolonas ou pirazolidinas.


      INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

      Indução farmacocinética de enzimas metabolizadoras

      A dipirona pode induzir enzimas metabolizadoras, incluindo CYP2B6 e CYP3A4.

      A coadministração de dipirona com substratos do CYP2B6 e/ou CYP3A4, como bupropiona, efavirenz, metadona, ciclosporina, tacrolimo ou sertralina, pode causar uma redução nas concentrações plasmáticas destes medicamentos.

      Portanto, recomenda-se cautela quando dipirona e substrato de CYP2B6 e/ou CYP3A4 são administrados concomitantemente; a resposta clínica e/ou os níveis do medicamento devem ser seguidos de monitoramento terapêutico do medicamento.

      valproato: a dipirona pode diminuir os níveis séricos de valproato quando coadministrado, o que pode resultar em eficácia potencialmente diminuída do valproato. Os prescritores devem monitorar a resposta clínica (controle das convulsões ou controle do humor) e considerar o monitoramento dos níveis séricos de valproato, conforme apropriado.

      Adicionar dipirona ao metotrexato pode aumentar a hematotoxicidade (toxicidade do sangue) do metotrexato, particularmente em pacientes idosos. Portanto, esta combinação deve ser evitada.

      A dipirona pode reduzir o efeito do ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária, quando tomado concomitantemente. Portanto, esta combinação deve ser usada com cautela em pacientes que tomam

      ácido acetilsalicílico em baixas doses para proteção cardiovascular.


      Medicamento-alimentos: não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre alimentos e dipirona.


      Medicamento-exames laboratoriais: foram reportadas interferências em testes laboratoriais que utilizam reações de Trinder (por exemplo: testes para medir níveis séricos de creatinina, triglicérides, colesterol HDL e ácido úrico) em pacientes utilizando dipirona.


      Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.


    5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

      Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.

      Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

      Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Aspecto do medicamento:

      Solução límpida, na cor rosa, com sabor e odor de framboesa, isenta de partículas e material estranho.

      Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.


    6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

      Modo de usar

      Recomenda-se que seja utilizado o copo dosador que acompanha o frasco na embalagem, ao usar a solução oral. Não é necessário agitar o produto.

      O copo dosador foi desenvolvido exclusivamente para a administração de dipirona e não deve ser

      utilizado para administração de outros medicamentos.


      POSOLOGIA

      O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente, inerentes à retirada da medicação.

      Adultos e adolescentes acima de 15 anos: 10 a 20 mL em administração única ou até o máximo de 20 mL,

      4 vezes ao dia.


      As crianças devem receber dipirona conforme seu peso seguindo a orientação deste esquema:



      Peso (média de idade)


      Dose


      Solução oral (em mL)*


      mg


      5 a 8 kg (3 a 11 meses)

      Dose única

      1,25 a 2,5

      62,5 a 125

      Dose máxima diária

      10 (4 tomadas x 2,5 mL)

      500


      9 a 15 kg (1 a 3 anos)

      Dose única

      2,5 a 5

      125 a 250

      Dose máxima diária

      20 (4 tomadas x 5 mL)

      1000


      16 a 23 kg (4 a 6 anos)

      Dose única

      3,75 a 7,5

      187,5 a 375

      Dose máxima diária

      30 (4 tomadas x 7,5 mL)

      1500


      24 a 30 kg (7 a 9 anos)

      Dose única

      5 a 10

      250 a 500

      Dose máxima diária

      40 (4 tomadas x 10 mL)

      2000


      31 a 45 kg (10 a 12 anos)

      Dose única

      7,5 a 15

      375 a 750

      Dose máxima diária

      60 (4 tomadas x 15 mL)

      3000


      46 a 53 kg (13 a 14 anos)

      Dose única

      8,75 a 17,5

      437,5 a 875

      Dose máxima diária

      70 (4 tomadas x 17,5 mL)

      3500

      * utilizar o copo dosador.

      Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser tratadas com dipirona. Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico ter diminuído, a dose pode ser repetida respeitando-se o modo de usar e a dose máxima diária, conforme descrito acima.

      Não há estudos dos efeitos de dipirona administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.


      Em pacientes com insuficiência nos rins ou no fígado, recomenda-se que o uso de altas doses de dipirona seja evitado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes. Entretanto, para tratamento em curto prazo não é necessária redução da dose. Não existe experiência com o uso de dipirona em longo prazo em pacientes com insuficiência nos rins ou no fígado.


      Em pacientes idosos e pacientes debilitados deve-se considerar a possibilidade das funções do fígado e dos rins estarem prejudicadas.


      Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião-dentista.


    7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

      Caso se esqueça de tomar uma dose, tome-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da próxima dose, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pelo modo

      de usar. Não usar o medicamento em dobro para compensar doses esquecidas.


      Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.


    8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

      As frequências das reações adversas estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção:

      Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).


      Distúrbios cardíacos

      Síndrome de Kounis (aparecimento simultâneo de eventos coronarianos agudos e reações alérgicas ou

      anafilactoides. Engloba conceitos como infarto alérgico e angina alérgica).


      Distúrbios do sistema imunológico

      A dipirona pode causar choque anafilático, reações anafiláticas/anafilactoides que podem se tornar graves com risco à vida e, em alguns casos, serem fatais. Estas reações podem ocorrer mesmo após a dipirona ter

      sido utilizada previamente em muitas ocasiões sem complicações.

      Estas reações medicamentosas podem desenvolver-se imediatamente após a administração de dipirona ou horas mais tarde; contudo, a tendência normal é que estes eventos ocorram na primeira hora após a administração. Normalmente, reações anafiláticas/anafilactoides leves manifestam-se na forma de sintomas cutâneos ou nas mucosas (tais como: coceira, ardor, vermelhidão, urticária, inchaço), falta de ar e, menos frequentemente, doenças/queixas gastrintestinais.

      Estas reações leves podem progredir para formas graves com coceira generalizada, angioedema grave (inchaço em região subcutânea ou em mucosas, geralmente de origem alérgica até mesmo envolvendo a laringe), broncoespasmo grave, arritmias cardíacas (descompasso dos batimentos do coração), queda da pressão sanguínea (algumas vezes precedida por aumento da pressão sanguínea) e choque circulatório (colapso circulatório em que existe um fluxo sanguíneo inadequado para os tecidos e células do corpo). Em pacientes com síndrome da asma analgésica, reações de intolerância aparecem tipicamente na forma de crises asmáticas (falta de ar).


      Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

      Além das manifestações da pele e mucosas, de reações anafiláticas/anafilactoides mencionadas acima, podem ocorrer ocasionalmente erupções medicamentosas fixas; raramente exantema [rash (erupções na

      pele)], e, em casos isolados, síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) (forma grave de reação alérgica

      caracterizada por bolhas em mucosas e em grandes áreas do corpo) ou síndrome de Lyell (NET) (doença bolhosa grave que causa morte da camada superficial da pele e mucosas, deixando um aspecto de queimaduras de grande extensão).

      Pare de usar dipirona e imediatamente contate um médico se você vivenciar alguns dos sintomas abaixo: Manchas avermelhadas não elevadas, semelhantes a alvos ou circulares no tronco, muitas vezes com bolhas centrais, descamação da pele, úlceras na boca, garganta, nariz, genitais e olhos, estas erupções cutâneas graves podem ser precedidas por febre e sintomas semelhantes aos da gripe (síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica), erupção cutânea disseminada, temperatura corporal elevada (febre > 38ºC) e linfonodos aumentados (Reação Cutânea Associada à Eosinofilia e Sintomas Sistêmicos ou síndrome de hipersensibilidade medicamentosa) (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”).


      Distúrbios do sangue e sistema linfático

      Anemia aplástica (doença onde a medula óssea produz em quantidade insuficiente os glóbulos vermelhos,

      glóbulos brancos e plaquetas), agranulocitose (diminuição do número de granulócitos – tipos de glóbulos brancos - no sangue, em consequência de um distúrbio na medula óssea) e pancitopenia (redução de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas), incluindo casos fatais, leucopenia (redução dos glóbulos brancos) e trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas).

      Estas reações podem ocorrer mesmo após a dipirona ter sido utilizada previamente em muitas ocasiões, sem complicações.

      Os sinais típicos de agranulocitose incluem lesões inflamatórias na mucosa (ex.: orofaríngea, anorretal, genital), inflamação na garganta, febre (mesmo inesperadamente persistente ou recorrente). Entretanto,

      em pacientes recebendo tratamento com antibiótico, os sinais típicos de agranulocitose podem ser mínimos. A taxa de sedimentação eritrocitária é extensivamente aumentada, enquanto o aumento de

      nódulos linfáticos é tipicamente leve ou ausente.

      Os sinais típicos de trombocitopenia incluem uma maior tendência para sangramento e aparecimento de pontos vermelhos na pele e membranas mucosas.


      Distúrbios vasculares

      Reações hipotensivas isoladas

      Podem ocorrer ocasionalmente após a administração, reações hipotensivas transitórias isoladas; em casos raros, estas reações apresentam-se sob a forma de queda crítica da pressão sanguínea.


      Distúrbios renais e urinários

      Em casos muito raros, especialmente em pacientes com histórico de doença nos rins, pode ocorrer piora súbita ou recente da função dos rins (insuficiência renal aguda), em alguns casos com diminuição da

      produção de urina, redução muito acentuada da produção de urina ou perda aumentada de proteínas

      através da urina. Em casos isolados, pode ocorrer nefrite intersticial aguda (um tipo de inflamação nos rins).

      Uma coloração avermelhada pode ser observada algumas vezes na urina.


      Distúrbios gastrintestinais

      Foram reportados casos de sangramento gastrintestinal.


      Distúrbios hepatobiliares

      Lesão hepática (lesão do fígado) induzida por medicamentos, incluindo hepatite aguda (inflamação do fígado), icterícia (cor amarelada da pele e olhos), aumento das enzimas hepáticas (enzimas do fígado)

      pode ocorrer com frequência desconhecida (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”).

      Pare de usar dipirona e imediatamente contate um médico se você vivenciar alguns dos sintomas abaixo: Náusea ou vômito, febre, sensação de cansaço, perda de apetite, urina de cor escura, fezes de cor clara, aparecimento de cor amarelada na pele ou na parte branca dos olhos, coceira, erupção na pele ou dor na parte superior do estômago. Esses sintomas podem ser sinais de lesão hepática (do fígado) (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”).


      Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.


    9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?

    Sintomas: enjoo, vômito, dor abdominal, deficiência da função dos rins/insuficiência aguda dos rins (ex.: devido à nefrite intersticial), mais raramente, sintomas do sistema nervoso central (tontura, sonolência, coma, convulsões) e queda da pressão sanguínea (algumas vezes progredindo para choque) bem como arritmias cardíacas (taquicardia). Após o uso de doses muito elevadas, a excreção de um metabólito inofensivo (ácido rubazônico) pode provocar coloração avermelhada na urina.


    Tratamento: não existe antídoto específico conhecido para dipirona. Se a ingestão foi feita por apenas um local de administração, poderão ser realizadas medidas para diminuir a absorção sistêmica dos ingredientes ativos através de desintoxicação primária (ex.: lavagem gástrica) ou diminuir a absorção (carvão ativado). O principal metabólito da dipirona (4-N-metilaminoantipirina) pode ser eliminado por hemodiálise, hemofiltração, hemoperfusão ou filtração plasmática.


    Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.


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