Antara
levetiracetam
Bula para Paciente Comprimido Revestido 250 mg e 750 mg
(levetiracetam)
MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
Comprimido revestido de 250 mg ou 750 mg: embalagem com 30 comprimidos.
Cada comprimido revestido de 250 mg contém: levetiracetam....................................................................................................................250 mg
excipientes* q.s.p ........................................................................................................... 1 comprimido revestido
*Excipientes: celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício, hiprolose, macrogol, estearato de magnésio, álcool polivinílico, talco, dióxido de titânio e óxido de ferro amarelo.
Cada comprimido revestido de 750 mg contém: levetiracetam....................................................................................................................750 mg
excipientes* q.s.p ........................................................................................................... 1 comprimido revestido
*Excipientes: celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício, hiprolose, macrogol, estearato de magnésio, álcool polivinílico, talco, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo, amarelo crepúsculo, cloroidróxido de alumínio.
Este medicamento é indicado como monoterapia (não combinado com outros medicamentos antiepilépticos) para o tratamento de crises focais/parciais, com ou sem generalização secundária, em pacientes com 16 anos ou mais e diagnóstico recente de epilepsia.
Antara (levetiracetam) é indicado como terapia adjuvante (utilizado com outros medicamentos antiepilépticos) para o tratamento de:
Crises focais/parciais, com ou sem generalização, em adultos, adolescentes e crianças com idade superior a 6 anos, com epilepsia;
Crises mioclônicas em adultos, adolescentes e crianças com idade superior a 12 anos, com epilepsia mioclônica juvenil;
Crises tônico-clônicas primárias generalizadas em adultos, adolescentes e crianças com mais de 6 anos de idade com epilepsia idiopática generalizada.
Para bebês e crianças com menos de 20 kg, o tratamento deve ser preferencialmente iniciado com leveticaretam solução oral.
O mecanismo de ação do Antara (levetiracetam) não está totalmente esclarecido.
Você não deve utilizar este medicamento se você tem alergia ao Antara (levetiracetam) ou a outros derivados de pirrolidona (ex., piracetam), ou a qualquer outro componente deste medicamento.
Fale com o seu médico antes de tomar Antara (levetiracetam):
Se você tiver doença renal ou hepática, siga as instruções do seu médico. Ele poderá decidir se a sua dose deve ser ajustada;
Se você detectar um aumento na gravidade das crises (por exemplo, aumento do número), contate o seu médico;
Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com antiepilépticos como levetiracetam teve pensamentos de autoagressão ou suicídio. Se você tiver algum sintoma de depressão ou ideias suicidas, contate de imediato o seu médico.
Se você tiver transtornos psiquiátricos e mudanças de comportamento como agressividade, agitação, raiva, ansiedade, apatia, depressão, hostilidade, irritabilidade e transtornos psicóticos.
No caso de interrupção do tratamento, tal como para outros medicamentos antiepilépticos, Antara (levetiracetam) deverá ser descontinuado gradualmente para evitar o aumento das crises. Consulte seu médico sobre como proceder.
Casos de diminuição na contagem de células sanguíneas - neutropenia (redução de neutrófilos), agranulocitose (redução acentuada de granulócitos), leucopenia (redução de glóbulos brancos), trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas) e pancitopenia (número reduzido de todas as células do sangue) – foram descritos em associação com a administração de Antara (levetiracetam). Contagens completas de células sanguíneas são recomendadas em pacientes apresentando fraqueza, pirexia (febre), infecções recorrentes ou distúrbios de coagulação (vide item 8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?). Pode ser observado o agravamento das crises epilépticas, especialmente ao iniciar o tratamento ou no aumento da dose.
Em pacientes com epilepsia associada à mutação no gene SCN8A foi relatado a falta de eficácia ou o agravamento de crises
epilépticas.
Não foi observada interação de levetiracetam com fenitoína, carbamazepina, ácido valpróico, fenobarbital, gabapentina, primidona, topiramato e lamotrigina.
O efeito de Antara (levetiracetam) sobre a eliminação da probenecida não foi estudado. O efeito de Antara (levetiracetam) sobre medicamentos normalmente eliminados pelos rins, como anti-inflamatórios não esteroidais (ex., diclofenaco e ibuprofeno), sulfonamidas (ex., sulfassalazina e sulfametoxazol) e metotrexato não é conhecido.
Não foi observada interação entre Antara (levetiracetam) e contraceptivos orais (etinilestradiol e levonorgestrel).
Não foi observada interação de Antara (levetiracetam) com digoxina e varfarina.
Não há dados a respeito da influência de antiácidos sobre a absorção de levetiracetam.
Foram observados relatos isolados de diminuição de eficácia quando o laxante macrogol foi administrado junto com levetiracetam oral. Assim, a administração oral de macrogol não deve ser realizada dentro de 1 hora (antes ou após) da administração de levetiracetam.
Os alimentos não alteram significativamente o nível de levetiracetam no sangue. Este medicamento pode ser ingerido com ou sem alimentos. Como medida de precaução, não ingira bebidas alcoólicas durante o tratamento com levetiracetam.
Levetiracetam não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que seja clinicamente necessário. O risco potencial de malformações hereditárias não pode ser completamente excluído. O tratamento com múltiplos medicamentos antiepilépticos está associado com um maior risco de malformações hereditárias em comparação com a monoterapia, portanto, esta pode ser considerada. Estudos em animais revelaram efeitos indesejáveis na reprodução.
Como acontece com outros medicamentos antiepilépticos, alterações durante a gravidez podem afetar a concentração do levetiracetam. Houve relatos de diminuição de concentração do levetiracetam durante a gravidez. Esta diminuição é maior durante o terceiro trimestre. A descontinuação do tratamento com antiepilépticos pode resultar em piora da doença, que pode ser prejudicial à mãe e ao bebê. Mulheres em tratamento com Antara (levetiracetam) devem ser monitoradas pelo médico.
Se estiver grávida, ou achar que está grávida, informe o seu médico.
O levetiracetam é eliminado no leite materno, por isso, a amamentação não é recomendada durante o tratamento. Entretanto, se o tratamento com Antara (levetiracetam) for necessário durante a amamentação, você e seu médico deverão decidir se o uso de levetiracetam e a amamentação devem continuar.
Antara (levetiracetam) pode reduzir a sua capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas, dado que o levetiracetam pode fazê-lo sentir-se sonolento ou apresentar outros sintomas relacionados ao sistema nervoso central, no início do tratamento ou após um aumento da dose. Desta forma, recomenda-se cautela aos pacientes na execução destas atividades.
Conservar em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC).
Antara (levetiracetam) 250 mg: comprimido revestido oblongo, de cor amarela, com marcação em baixo relevo em uma das faces. Antara (levetiracetam) 750 mg: comprimido revestido oblongo, de cor alaranjada, com marcação em baixo relevo em uma das faces.
Engolir os comprimidos de levetiracetam com uma quantidade suficiente de líquido (exemplo: um copo com água). A dosagem diária deve ser administrada em duas doses igualmente divididas (a cada 12 horas), aproximadamente no mesmo horário de cada dia.
Este medicamento pode ser ingerido com ou sem alimentos. Após a administração oral, o gosto amargo de levetiracetam pode ser sentido.
A dose inicial recomendada é de 250 mg duas vezes ao dia, a qual pode ser aumentada para uma dose terapêutica inicial de 500 mg duas vezes ao dia, após duas semanas. Esta dose pode ser aumentada ainda em mais 250 mg duas vezes ao dia, a cada duas semanas, dependendo da sua resposta clínica. A dose máxima é de 1500 mg duas vezes ao dia. Seu médico deverá lhe orientar sobre ajustes de dose.
Não foram conduzidos estudos clínicos para Monoterapia no tratamento de crises focais/parciais, com ou sem generalização secundária em pacientes com menos de 16 anos e diagnóstico recente de epilepsia.
-Crises focais/parciais com ou sem generalização secundária em adultos, adolescentes e crianças com idade superior a 6 anos, com epilepsia;
-Crises mioclônicas em adultos, adolescentes e crianças com idade superior a 12 anos, com epilepsia mioclônica juvenil;
Crises tônico-clônicas primárias generalizadas em adultos, adolescentes e crianças com mais de 6 anos de idade, com epilepsia idiopática generalizada.
A dose terapêutica inicial é de 500 mg/duas vezes ao dia. Esta dose pode ser iniciada no primeiro dia de tratamento. Dependendo da sua resposta clínica e tolerância, a dose diária pode ser aumentada para até o máximo de 1500 mg/duas vezes ao dia. Estes ajustes de dose podem ser realizados com aumentos ou reduções de 500 mg/duas vezes ao dia, a cada duas a quatro semanas. Seu médico deverá lhe orientar sobre ajustes de dose.
A dose terapêutica inicial é de 10 mg/kg duas vezes ao dia. Dependendo da sua resposta clínica e tolerância, a dose pode ser aumentada para até 30 mg/kg duas vezes ao dia. Estes ajustes de dose não podem ser realizados com aumentos ou decréscimos maiores que 10 mg/kg duas vezes ao dia, a cada duas semanas. A menor dose eficaz deve ser usada. O médico deverá orientar sobre ajustes de dose.
O médico irá prescrever a forma farmacêutica, apresentação e concentração mais apropriadas para você, de acordo com seu peso, idade e dosagem.
Antara (levetiracetam) comprimidos não é adaptado para administração a bebês e crianças com menos de 6 anos. Para estas populações, levetiracetam solução oral é mais apropriado.
Além disso, as miligramagens disponíveis de Antara (levetiracetam) em comprimidos não são apropriadas para o tratamento inicial de crianças com menos de 25 kg, para pacientes incapazes de engolir comprimidos e para administração de doses menores que 250 mg. Nestas situações deve ser utilizada a solução oral de levetiracetam.
Para crianças com peso corpóreo igual ou maior que 50 kg a dosagem é a mesma de adultos. Ajuste de dose para populações especiais:
Nos casos em que o ajuste de dose for necessário, o médico indicará a dose de levetiracetam adequada. Idosos:
O ajuste de dose é recomendado em pacientes idosos com função renal reduzida. Insuficiência renal (dos rins):
Uma vez que o levetiracetam é eliminado pelos rins, a dose diária de levetiracetam deve ser individualizada de acordo com a sua função renal. Para crianças com comprometimento da função renal, esta recomendação se baseia em um estudo realizado em pacientes adultos com insuficiência renal.
Seu médico irá determinar como está sua função renal para verificar se é necessário ajustar sua dose. Insuficiência hepática (do fígado):
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada. Em pacientes com insuficiência hepática grave, o ajuste de dose é recomendado.
Duração do tratamento:
O tratamento com Antara (levetiracetam) deve ser continuado durante o tempo que o seu médico indicar.
Interrupção do tratamento:
No caso de interrupção do tratamento, tal como para outros medicamentos antiepilépticos, Antara (levetiracetam) deverá ser descontinuado gradualmente. Seu médico irá orientar sobre a interrupção gradual de Antara (levetiracetam).
Caso tenha se esquecido de tomar levetiracetam:
Contatar o seu médico se você se esqueceu de tomar uma ou mais doses.
Não tome uma dose em dobro para compensar um comprimido que você se esqueceu de tomar.
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Dor de cabeça, sonolência;
Nasofaringite (inflamação aguda ou crônica da mucosa nasal da nasofaringe).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Astenia (fraqueza);
Fadiga (sensação de cansaço);
Anorexia* (perda de apetite);
Depressão, hostilidade, agressividade, insônia, nervosismo, irritabilidade;
Convulsão, desordem do equilíbrio, tontura, tremor;
Vertigem (sensação de estar rodando);
Tosse;
Dor abdominal, diarreia, dispepsia (indigestão), vômito, náusea;
Rash (erupção na pele).
* O risco de anorexia é mais alto quando o topiramato é administrado com levetiracetam.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizaram este medicamento):
Trombocitopenia (redução do número de plaquetas);
Aumento de peso;
Instabilidade emocional/mudança de humor, agitação;
Amnésia (perda de memória), coordenação anormal/ataxia cerebelar (impedimento dos movimentos coordenados), distúrbio de atenção (perda de concentração), prejuízo de memória;
Diplopia (visão dupla), visão borrada;
Eczema (inflamação na pele), prurido (coceira na pele);
Mialgia (dor no músculo);
Ferimento.
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizaram este medicamento)
Infecção;
Distúrbios de personalidade, pensamento anormal;
Hipercinesia (hiperatividade).
Reações adversas com frequências não conhecidas:
Pancitopenia (número reduzido de todas as células do sangue e plaquetas), com supressão da medula óssea em alguns casos;
Agranulocitose (redução acentuada de granulócitos, um tipo de glóbulo branco);
Leucopenia (redução de glóbulos brancos);
Neutropenia (redução de neutrófilos, um tipo de glóbulo branco);
Prolongamento do intervalo QT (medido no eletrocardiograma);
Reação ao medicamento com eosinofilia (redução do número de eosinófilos, um tipo de glóbulo branco) e sintomas sistêmicos, reações anafiláticas;
Hiponatremia (baixa concentração de sódio no sangue);
Perda de peso;
Suicídio, tentativa de suicídio e ideação suicida, distúrbios psicóticos, alterações do comportamento, alucinação, ira, delírio, ansiedade, confusão, ataque de pânico;
Parestesia (sensação de formigamento), coreoatetose (associação de movimentos involuntários contínuos, uniformes e lentos e rápidos), discinesia (movimentos repetitivos involuntários), letargia, alteração na maneira de andar, agravamento das crises epilépticas;
Teste anormal da função hepática, falência hepática, hepatite;
Alopecia (perda de cabelo), síndrome de Stevens-Johnson (erupção extensa com bolhas e descamação da pele), necrólise epidérmica tóxica (forma mais grave da síndrome de Stevens-Johnson), eritema multiforme (erupção cutânea, que pode formar bolhas e assemelha-se a alvos pequenos) e angioedema;
Fraqueza muscular, rabdomiólise (destruição de fibras musculares) e aumento da enzima creatina-fosfoquinase no sangue;
Pancreatite (inflamação do pâncreas);
Dano renal agudo.
A prevalência de rabdomiólise e aumento da enzima creatina-fosfoquinase no sangue é significativamente mais alta em pacientes japoneses em relação aos pacientes não japoneses.
Casos raros de prolongamento do intervalo QT (medido no eletrocardiograma) foram observados na vigilância pós-comercialização. Evidências também sugerem uma possível predisposição da população japonesa à síndrome neuroléptica maligna (SNM).
Casos raros de desenvolvimento de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) em pacientes com histórico subjacente de TOC ou transtornos psiquiátricos foram observados na vigilância pós comercialização.
Os efeitos secundários possíveis de uma superdose com levetiracetam são sonolência, agitação, agressão, diminuição do nível de consciência, depressão da respiração e coma.
Contate o seu médico se você tomou mais comprimidos do que deveria.