Glimepirida
glimepirida
Glimepirida
Comprimido
1 mg, 2 mg, 3 mg e 4 mg
Glimepirida_bula_paciente
glimepirida
Comprimido de 1 mg, 2 mg, 3 mg e 4 mg em embalagem com 10, 30, 60, 90, 120, 150, 200, 300 ou 500 comprimidos.
glimepirida.....................................................................................................................1 mg
excipiente q.s.p................................................................................................1 comprimido
Excipientes: lactose monoidratada, amidoglicolato de sódio, povidona, corante óxido de ferro vermelho, celulose microcristalina e estearato de magnésio.
glimepirida..................................................2 mg
excipiente q.s.p...........................................1 comprimido
Excipientes: lactose monoidratada, amidoglicolato de sódio, povidona, corante óxido de ferro amarelo, corante azul de indigotina 132 laca de alumínio, celulose microcristalina e estearato de magnésio.
glimepirida. ..................................................3 mg
excipiente q.s.p.............................................1 comprimido
Excipientes: lactose monoidratada, amidoglicolato de sódio, povidona, corante óxido de ferro amarelo, celulose microcristalina e estearato de magnésio.
glimepirida.................................................. 4 mg
excipiente q.s.p. .......................................... 1 comprimido
Excipientes: lactose monoidratada, amidoglicolato de sódio, povidona, corante azul de indigotina 132 laca de alumínio, celulose microcristalina e estearato de magnésio.
Este medicamento é indicado para o tratamento oral de diabetes mellitus não insulino-dependente (Tipo 2 ou diabetes do adulto), quando os níveis de glicose não podem ser adequadamente controlados por meio de dieta alimentar, exercícios físicos e redução de peso.
Este medicamento pode ser associado a outros antidiabéticos orais que não estimulam a secreção de insulina, como a metformina.
Este medicamento pode ser associado à metformina quando os níveis glicêmicos (níveis de açúcar no sangue) não podem ser adequadamente controlados por meio de dieta alimentar, exercícios físicos e uso deste medicamento ou metformina em monoterapia (uso de apenas um medicamento).
Este medicamento também pode ser utilizado em associação com insulina (vide 6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?).
A glimepirida diminui as concentrações sanguíneas da glicose, principalmente pela estimulação da secreção de
insulina.
Os picos de redução da glicemia em pacientes diabéticos do tipo 2 ocorreram em 2 a 4 horas após a ingestão do medicamento.
Este medicamento não deve ser utilizado nos seguintes casos:
hipersensibilidade (alergia) à glimepirida ou a outras sulfonilureias, outras sulfonamidas ou aos demais componentes da formulação;
durante a gravidez e lactação.
Não há experiência suficiente na utilização deste medicamento em pacientes com insuficiência hepática (redução
da função do fígado) severa e em pacientes sob diálise. Em pacientes com insuficiência da função hepática severa é indicada a substituição pela insulina, ao menos para se obter um controle metabólico adequado.
Este medicamento não deve ser administrado para o tratamento de diabetes mellitus insulino-dependente (Tipo 1, ou seja, para o tratamento de diabéticos com história de cetoacidose), de cetoacidose diabética (uma complicação do diabetes mellitus) ou de pacientes em pré-coma ou coma diabético. Essa condição deve ser tratada com insulina.
Em situações excepcionais de estresse (como trauma, cirurgia, infecções febris) pode ocorrer uma desregulação do nível sanguíneo de glicose, fazendo-se necessário substituir temporariamente a glimepirida por insulina, a fim de se manter um controle metabólico adequado.
Durante as primeiras semanas de tratamento, o risco da ocorrência de hipoglicemia (diminuição da taxa de açúcar no sangue) pode estar aumentado e necessita de monitorização cuidadosa. Fatores que favorecem a hipoglicemia incluem:
Indisposição (mais comum em pacientes idosos) ou incapacidade para cooperar;
Desnutrição (ingestão insuficiente de nutrientes), refeições irregulares ou refeições suprimidas;
Desequilíbrio entre o esforço físico e ingestão de carboidratos;
Alterações na dieta;
Consumo de álcool, principalmente quando combinado com a falta de refeições;
Função renal comprometida;
Alteração severa da função do fígado;
Superdose com este medicamento;
Algumas alterações descompensadas do sistema endócrino que afetam o metabolismo dos carboidratos ou a contrarregulação da hipoglicemia (como, por exemplo, em certas alterações da função da tireoide ou na insuficiência corticoadrenal ou pituitária anterior);
Administração concomitante de outros medicamentos (vide Interações Medicamentosas);
Tratamento com este medicamento na ausência de qualquer indicação.
Caso tais fatores de risco para hipoglicemia estejam presentes, pode ser necessário um ajuste da posologia deste medicamento ou de toda a terapia. Isto também se aplica sempre que ocorrer outra doença durante o tratamento ou de alterações no estilo de vida do paciente.
A hipoglicemia pode ser, quase sempre, prontamente controlada pela administração imediata de carboidratos (glicose ou açúcar).
Caso você tenha sido diagnosticado com deficiência de G6PD, informe seu médico, uma vez que medicamentos pertencentes à classe das sulfonilureias podem ocasionar anemia hemolítica (diminuição do número das células vermelhas do sangue, em decorrência da destruição prematura dos mesmos).
Hipoglicemia severa requer tratamento imediato e acompanhamento médico e, em algumas circunstâncias, cuidados hospitalares.
Este medicamento não deve ser administrado durante a gravidez e amamentação, devido ao risco de dano à criança, portanto, o tratamento deve ser substituído por insulina ou interromper a amamentação. Se você estiver planejando engravidar, deve informar ao médico. Recomenda-se, neste caso, a substituição do tratamento por insulina.
Pode ocorrer diminuição do estado de alerta devido à hipoglicemia ou hiperglicemia, especialmente no início ou após alterações no tratamento, ou quando este medicamento não for ingerido regularmente, afetando, por exemplo, a habilidade em conduzir veículos ou operar máquinas.
Com base na experiência do uso de glimepirida e no que se conhece dos medicamentos de mesma classe, as
seguintes interações devem ser consideradas:
Aumento do efeito hipoglicemiante e, portanto, em alguns casos, pode ocorrer hipoglicemia quando um dos
seguintes fármacos é administrado: Insulina ou outro antidiabético oral; inibidores da ECA; esteroides anabolizantes e hormônios sexuais masculinos; cloranfenicol; derivados cumarínicos; ciclofosfamidas; disopiramida; fenfluramina; feniramidol; fibratos; fluoxetina; guanetidina; ifosfamida; inibidores da MAO; miconazol; fluconazol; ácido para-aminosalicílico; pentoxifilina (uso parenteral em doses elevadas); fenilbutazona; azapropazona; oxifembutazona; probenicida; quinolonas; salicilatos; sulfimpirazona; claritromicina; antibióticos sulfonamídicos; tetraciclinas; tritoqualina; trofosfamida.
Redução do efeito hipoglicemiante e, portanto, ocorrência de hiperglicemia quando um dos seguintes fármacos é administrado, por exemplo: acetazolamida; barbitúricos; corticoesteroides; diazóxido; diuréticos; epinefrina (adrenalina) e outros agentes simpatomiméticos; glucagon; laxantes (após uso prolongado), ácido nicotínico (em doses elevadas), estrogênios e progestagênios; fenotiazínicos; fenitoína; rifampicina; hormônios da tireoide. Antagonistas de receptores H2, beta-bloqueadores, clonidina e reserpina podem induzir tanto o aumento quanto a diminuição do efeito hipoglicemiante da glimepirida.
Sob influência de fármacos simpatolíticos, como beta-bloqueadores, clonidina, guanetidina e reserpina, os sinais da contrarregulação adrenérgica para hipoglicemia podem estar reduzidos ou ausentes.
O uso deste medicamento pode potencializar ou diminuir os efeitos dos derivados cumarínicos.
Sequestrador de ácidos biliares: o colesevelam se liga à glimepirida e reduz sua absorção no trato gastrintestinal. Nenhuma interação foi observada quando a glimepirida foi tomada, pelo menos, 4 horas antes do colesevelam. Portanto, a glimepirida deve ser administrada, pelo menos, 4 horas antes do colesevelam.
Tanto a ingestão crônica como a aguda de álcool pode potencializar ou diminuir a ação hipoglicemiante deste medicamento de maneira imprevisível.
Você deve manter este medicamento em temperatura ambiente (entre 15 ºC e 30 °C). Proteger da luz e umidade.
Glimepirida 1 mg apresenta-se na forma de comprimido simples oblongo, não sulcado, de coloração rosa mosqueado.
Glimepirida 2 mg apresenta-se na forma de comprimido simples oblongo, sulcado em uma das faces, de
coloração verde mosqueado. Se você partir e ingerir apenas uma parte do comprimido, a outra parte deve ser guardada na embalagem original e administrada no prazo máximo de 2 dias. Deve-se partir 1 comprimido por vez.
Glimepirida 3 mg apresenta-se na forma de comprimido simples oblongo, não sulcado, de coloração amarela. Glimepirida 4 mg apresenta-se na forma de comprimido simples oblongo, sulcado em uma das faces, de coloração azul mosqueado. Se você partir e ingerir apenas uma parte do comprimido, a outra parte deve ser guardada na embalagem original e administrada no prazo máximo de 2 dias. Deve-se partir 1 comprimido por vez.
Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral. Os comprimidos deste medicamento devem ser engolidos sem mastigar e com quantidade suficiente de água (aproximadamente ½ copo).
Em princípio, a dose deste medicamento é regida pelo nível desejável de glicose no sangue. A dose de
glimepirida deve ser a menor possível que seja suficiente para atingir o controle metabólico desejado.
Durante o tratamento com este medicamento, os níveis de glicose no sangue e na urina devem ser medidos regularmente. Além disso, recomenda-se que sejam realizadas determinações regulares da hemoglobina glicada.
A distribuição e horário das doses são determinados pelo médico, levando-se em consideração o estilo de vida atual do paciente.
Normalmente, uma única dose diária deste medicamento é suficiente. Recomenda-se administrar imediatamente antes da primeira refeição substancial ou da primeira refeição principal. É muito importante alimentar-se bem após a administração da medicação.
considerar oportuna uma redução temporária na dose ou interrupção da terapia com este medicamento.
Um ajuste de dose deverá ser considerado caso ocorram mudanças no peso ou no estilo de vida do paciente, ou ainda na ocorrência de outros fatores que aumentem a susceptibilidade para hipo ou hiperglicemia (vide 4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?).
O tratamento com este medicamento é de longa duração, dependente da resposta e evolução do paciente e da
conduta e decisão do médico responsável.
Não há uma exata relação entre a dose deste medicamento e a de outros agentes hipoglicemiantes orais. Quando
for substituir a administração destes agentes por este medicamento, a dose diária inicial deve ser de 1 mg; isto é aplicável mesmo quando se parte de doses máximas de outro agente hipoglicemiante oral. Todo aumento na dose deste medicamento deve ser realizado seguindo-se as diretrizes indicadas no item Posologia.
Deve-se ter em conta a potência e a duração da ação do agente hipoglicemiante empregado previamente. Pode ser necessário interromper o tratamento para evitar efeitos aditivos que aumentariam o risco de hipoglicemia.
Em alguns casos de pacientes com diabetes Tipo 2 anteriormente controlados com insulina, uma substituição por este medicamento pode ser indicada. A substituição geralmente deve ser feita no hospital.
Nos pacientes que não obtiveram um controle adequado com a dose máxima diária de glimepirida ou
metformina, pode-se iniciar o tratamento concomitante com ambos agentes antidiabéticos orais. Se a terapia estabelecida tanto com glimepirida quanto com metformina progredir em um mesmo nível de dose, o tratamento adicional com glimepirida ou metformina deve ser iniciado com uma dose baixa, a qual deve ser quantificada dependendo do nível de controle metabólico desejado, até a dose máxima diária. O tratamento com a associação deve ser iniciado sob supervisão médica cuidadosa.
Nos pacientes que não obtiveram um controle adequado com a dose diária máxima deste medicamento, pode-se
iniciar o tratamento concomitante com insulina. Deve-se manter a mesma dose de glimepirida e iniciar o tratamento com insulina em dose baixa, aumentando esta dose gradualmente até se alcançar o nível desejado de controle metabólico. O tratamento com a associação deve ser iniciado sob supervisão médica cuidadosa.
Não há estudos dos efeitos de glimepirida administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.
Insuficiência renal: existe informação limitada disponível quanto ao uso de glimepirida na insuficiência renal.
Pacientes com insuficiência da função renal podem ser mais sensíveis aos efeitos hipoglicemiantes deste medicamento.
População Pediátrica (crianças): os dados são insuficientes para recomendar a utilização de glimepirida. Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Equívocos, como o esquecimento de uma dose, nunca devem ser corrigidos pela administração de uma dose
maior.
Medidas para lidar com tais enganos (principalmente esquecer uma dose ou pular uma refeição) ou situações em que a dose não pode ser administrada no horário prescrito, devem ser discutidas e acordadas previamente entre o médico e paciente.
-Distúrbios do metabolismo e nutrição
Pode ocorrer hipoglicemia e esta pode ser prolongada. Possíveis sintomas de hipoglicemia incluem cefaleia (dor de cabeça), excesso de apetite, náusea, vômitos, fadiga, insônia, alteração do sono, inquietação, agressividade, prejuízo da concentração, alteração das reações e do estado de alerta, depressão, confusão, alterações na fala, afasia (dificuldade na comunicação, na forma falada e escrita), alterações visuais, tremor, paresias (fraqueza muscular), alterações sensoriais, tontura, sensação de abandono, perda do autocontrole, delírio, convulsões, sonolência e perda da consciência, podendo evoluir para coma, dificuldade de respiração e bradicardia (diminuição da frequência cardíaca).
Além disso, podem estar presentes sudorese (produção e eliminação de suor), pele úmida e fria, ansiedade, taquicardia (aceleração do ritmo cardíaco), hipertensão (pressão alta), palpitação (percepção do batimento do coração), dor no peito e arritmias cardíacas (descompasso dos batimentos do coração).
O quadro clínico de um ataque hipoglicêmico severo pode assemelhar-se a um acidente vascular cerebral (derrame cerebral, caracterizada por perda do controle muscular, perda da consciência, tontura e outros sintomas, dependendo da gravidade).
Os sintomas de hipoglicemia quase sempre desaparecem quando esta é corrigida.
Distúrbios oculares
Especialmente no início do tratamento, pode ocorrer alteração visual temporária devido às modificações dos níveis sanguíneos de glicose.
Distúrbios gastrointestinais
Ocasionalmente, podem ocorrer sintomas gastrointestinais como náusea (enjoo), vômito, sensação de pressão ou plenitude gástrica (estômago cheio), dor abdominal e diarreia.
Em casos isolados, pode-se observar hepatite, aumento dos níveis de enzimas hepáticas e/ou colestase (alteração do fluxo da bile) e icterícia (deposição de pigmentos biliares na pele dando uma cor amarela intensa) que podem progredir para insuficiência hepática com risco de vida, mas pode regredir com a suspensão do tratamento. Disgeusia (alteração ou diminuição do paladar) (frequência desconhecida).
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Ocorre raramente trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas) e, em casos isolados, leucopenia (redução de leucócitos), anemia hemolítica (diminuição do número de glóbulos vermelhos, leucócitos e plaquetas do sangue em decorrência do aumento da velocidade de destruição destes glóbulos), eritrocitopenia (redução do número de eritrócitos), granulocitopenia (diminuição do número de leucócitos granulares), agranulocitose (diminuição de alguns tipos de leucócitos) ou pancitopenia (deficiência de eritrócitos, leucócitos e plaquetas). Foram relatados em experiência pós-comercialização, casos de trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas) severa com contagem de plaquetas menor que 10.000/μL e púrpura trombocitopênica (extravasamento de sangue com diminuição no número de plaquetas formando mancha roxa).
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Alopecia (perda de cabelos e pelos) (frequência desconhecida). Outras reações adversas
Ocasionalmente, podem ocorrer reações alérgicas ou pseudoalérgicas como, por exemplo, prurido (coceira),
urticária (erupção na pele, geralmente de origem alérgica, que causa coceira) ou erupções. Tais reações leves podem tornar-se graves, acompanhadas por dispneia (dificuldade respiratória) e hipotensão arterial (pressão baixa), algumas vezes evoluindo até choque. Em caso de urticária, o médico deve ser imediatamente informado. Em casos isolados, pode ocorrer redução da concentração sérica (no sangue) de sódio e vasculite (inflamação da parede de um vaso) alérgica ou alergia na pele devido à luz.
Laboratoriais
A glimepirida, assim como todas as sulfonilureias, pode causar ganho de peso (frequência desconhecida). Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Sinais e sintomas: a superdose aguda, assim como o tratamento a longo prazo com alta dose de glimepirida, pode
causar hipoglicemia severa com risco de vida.
Tratamento: o médico responsável deve ser informado tão logo a superdose deste medicamento seja descoberta. O paciente deve ingerir açúcar de imediato, se possível na forma de glicose, a não ser que um médico já esteja conduzindo o tratamento da superdose.
A monitorização cuidadosa é essencial até que o médico comprove que o paciente realmente está fora de perigo. Deve-se lembrar que pode ocorrer recidiva (retorno) da hipoglicemia após melhora do quadro inicial.
A hospitalização pode ser necessária em algumas ocasiões, mesmo como medida preventiva. Em particular, superdoses significativas e reações severas com sinais tais como perda da consciência ou outras alterações neurológicas graves, são emergências médicas requerendo tratamento imediato e hospitalização.
Pacientes que tenham ingerido quantidades deste medicamento que representam ameaça à vida, requerem medidas de desintoxicação (por exemplo, lavagem gástrica e carvão medicinal).