cloridrato de loperamida
loperamida (cloridrato)
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
cloridrato de loperamida
Medicamento genérico, Lei nº 9.787 de 1999.
cloridrato de loperamida ............................................................................................................................................ 2 mg
excipientes q.s.p. .......................................................................................................................................... 1 comprimido
(lactose monoidratada, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, amido, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício, estearato de magnésio)
II) INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Este medicamento é destinado ao tratamento de sintomas como:
diarreia aguda sem causa específica, sem caráter infeccioso;
diarreias crônicas espoliativas, associadas às doenças inflamatórias como Doença de Crohn e retocolite ulcerativa;
nas ileostomias e colostomias, que são cirurgias realizadas em partes do intestino denominadas íleo e cólon, respectivamente, com excessiva perda de água e eletrólitos.
Na diarreia, o cloridrato de loperamida faz com que as fezes fiquem mais sólidas e diminui a frequência de evacuações. O cloridrato de loperamida tem seu início de ação desde a primeira tomada, ocorrendo uma redução gradual da diarreia.
Estudos clínicos têm demonstrado que o início da ação da loperamida no controle da diarreia aguda ocorre dentro das primeiras 1 a 2 horas seguidas da primeira dose.
Não tome o cloridrato de loperamida se você for alérgico ao cloridrato de loperamida, que é o componente ativo do
O cloridrato de loperamida não deve ser usado nos casos de diarreia em que as fezes contenham sangue ou seja acompanhada de febre.
Não use o cloridrato de loperamida se você estiver com constipação (“prisão de ventre") ou estiver com o abdome distendido.
Também não deve ser utilizado se você tiver inflamação no intestino delgado, sem uma indicação específica do seu médico.
O cloridrato de loperamida está contraindicado no caso de dor abdominal com ausência de diarreia.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento. Embora o cloridrato de loperamida seja um medicamento para tratar os sintomas da diarreia ele não trata a sua causa. A causa da diarreia sempre que possível deve ser tratada.
Quando você está com diarreia, há uma grande perda de líquidos através das fezes, que devem ser repostos através da ingestão de mais líquidos do que você normalmente toma.
Caso a diarreia aguda inesperada (diarreia que aparece repentinamente) não melhore dentro de um período de 48 horas, ou se houver o aparecimento de febre, pare de tomar o medicamento e entre em contato com seu médico.
Se ocorrer constipação (“prisão de ventre") durante o tratamento, o mesmo deverá ser suspenso. Caso a "prisão de ventre" seja intensa, avise seu médico.
Se você tem AIDS e está sendo tratado com o cloridrato de loperamida para diarreia e apresentar qualquer sinal de abdome distendido, pare de tomar o cloridrato de loperamida imediatamente e avise seu médico. Foram observados casos isolados de constipação com risco aumentado de megacólon tóxico (dilatação e aumento do tamanho de uma porção do intestino denominada cólon) em pacientes com AIDS e colite infecciosa causada por vírus ou bactérias tratados com o cloridrato de loperamida.
Foram descritos abuso e má utilização da loperamida, como substituta de opiáceo (substância derivada do ópio), em indivíduos com dependência à opiáceos (vide “O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento?”).
Informe seu médico se você tem problemas no fígado, pois você poderá necessitar de um acompanhamento médico mais rigoroso.
Não há contraindicações em tomar o cloridrato de loperamida se você dirige ou opera máquinas, a menos que você esteja sentindo cansaço, tontura ou sonolência.
Se você está grávida ou acha que pode estar grávida, informe o seu médico, que decidirá se você pode tomar
Não se recomenda o uso do cloridrato de loperamida durante a gravidez ou no período de amamentação, pois pequenas quantidades do cloridrato de loperamida podem aparecer no leite humano.
Informe seu médico se você estiver tomando ou tomou recentemente qualquer outro medicamento. Estes medicamentos incluem aqueles sem prescrição médica ou fitoterápicos. Particularmente, informe seu médico se você estiver tomando qualquer um dos seguintes medicamentos:
ritonavir (usado no tratamento de HIV);
quinidina (usado no tratamento de arritmias do coração);
desmopressina via oral (usada no tratamento de micção excessiva);
itraconazol ou cetoconazol (usado no tratamento de infecções fúngicas);
genfibrozila (usada para baixar os níveis de colesterol).
É esperado que os medicamentos com propriedades farmacológicas semelhantes possam potencializar o efeito da loperamida e aqueles medicamentos que aceleram o trânsito intestinal possam diminuir seu efeito.
Você deve conservar o cloridrato de loperamida em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Os comprimidos do cloridrato de loperamida são brancos e circulares.
O cloridrato de loperamida comprimidos deve ser utilizado somente em adultos. Os comprimidos devem ser tomados com líquido. O seguinte esquema médico é recomendado:
A dose diária máxima não deve ultrapassar 8 comprimidos (16 mg).
O cloridrato de loperamida deve ser tomado regularmente para uso crônico ou como base necessária para diarreia aguda. Se você tomar somente durante a diarreia, o esquecimento de dose não é um problema.
Se o cloridrato de loperamida está sendo tomado regularmente, as doses do cloridrato de loperamida não devem ser esquecidas. Se uma dose for esquecida, tome-a assim que se lembrar. Se estiver quase na hora da próxima dose, pule esta dose e tome a próxima dose conforme prescrito. Não dobre a dose do cloridrato de loperamida ao menos que seu médico tenha orientado.
Como com qualquer medicamento, o cloridrato de loperamida pode causar eventos adversos, entretanto não são todas as pessoas que apresentam estes eventos.
A segurança do cloridrato de loperamida para o tratamento da diarreia aguda e da diarreia crônica foi avaliada em estudos clínicos. As reações adversas observadas nestes estudos estão descritas a seguir.
As reações adversas relatadas por ≥1% dos pacientes tratados com cloridrato de loperamida que participaram de estudos clínicos de diarreia aguda foram: constipação (prisão de ventre), flatulência (gases), dor de cabeça, náusea.
As reações adversas ao medicamento relatadas por < 1% dos pacientes tratados com cloridrato de loperamida no conjunto de dados de estudos clínicos para diarreia aguda foram: tontura, boca seca, dor abdominal, vômito, desconforto e distensão (inchaço) do abdômen, dor na parte superior do abdome, erupção cutânea.
As reações adversas relatadas por ≥1% dos pacientes tratados com cloridrato de loperamida que participaram de estudos clínicos de diarreia crônica foram: flatulência (gases), constipação (prisão de ventre), náusea, tontura.
As reações adversas ao medicamento relatadas por < 1% dos pacientes tratados com cloridrato de loperamida nos estudos clínicos de diarreia crônica foram: dor de cabeça, dor ou desconforto no abdome, boca seca, dispepsia (indigestão).
As primeiras reações adversas identificadas durante a experiência pós-comercialização com o cloridrato de loperamida estão descritas a seguir:
Distúrbios do sistema imunológico: alergia; reação anafilática (incluindo choque anafilático) e reação anafilactoide (que são reações alérgicas graves).
Distúrbios do sistema nervoso: incapacidade de se movimentar de maneira coordenada, níveis diminuídos de consciência, hipertonia (rigidez muscular), perda de consciência, sonolência, estupor (diminuição acentuada da reação aos estímulos do ambiente).
Distúrbios oftalmológicos: miose (contração da pupila dos olhos).
Distúrbios gastrointestinais: íleo, incluindo íleo paralítico (obstrução do intestino devido a paralisia da parede intestinal), megacólon, incluindo megacólon tóxico (dilatação e aumento do tamanho de uma porção do intestino denominada cólon).
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: angioedema (inchaço de início repentino da pele, mucosas, vísceras e cérebro), erupção bolhosa (incluindo Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica e eritema multiforme), prurido (coceira), urticária (vermelhidão da pele).
Distúrbios renais e urinários: retenção urinária (dificuldade para urinar). Distúrbios gerais e condições no local da administração: fadiga (cansaço extremo).
inchaço repentino da face, lábios ou garganta, encurtamento da respiração, urticária, irritação intensa, vermelhidão ou bolhas na pele. Estes podem ser sinais de hipersensibilidade intensa ou reação alérgica;
cansaço ao extremo, estar incapaz de se movimentar de maneira coordenada, perda de consciência, rigidez muscular, sonolência, diminuição acentuada da reação aos estímulos do ambiente.
dor de estômago intensa, estômago distendido, inchaço ou febre podem ser resultantes de intestino obstruído ou distendido.
Se por acidente, você ingeriu o cloridrato de loperamida em quantidades muito grandes, procure logo um médico, principalmente se os seguintes sintomas aparecerem: rigidez muscular, movimentos sem coordenação, sonolência, miose (contração das pupilas), diminuição dos movimentos da respiração, dificuldade para urinar ou íleo (obstrução do intestino). As crianças são mais sensíveis que os adultos ao cloridrato de loperamida. Se ocorrer ingestão acidental por crianças e algum dos sintomas descritos anteriormente aparecerem, procure um médico imediatamente.
Em indivíduos que ingeriram intencionalmente superdoses (relatados de doses de 40 mg a 792 mg por dia) de cloridrato de loperamida, foram observados prolongamento do intervalo QT (intervalo medido no eletrocardiograma, que quando aumentado associa-se ao aumento do risco de arritmias e até morte súbita) e/ou arritmias ventriculares graves (descompasso grave dos batimentos do coração) (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”). Casos fatais também foram relatados, incluindo distrúrbios graves do ritmo cardíaco. Abuso, mau uso e/ou superdose com doses excessivamente altas de loperamida podem demascarar a síndrome de Brugada. Após descontinuação, casos de síndrome de abstinência foram observados em indivíduos que abusam, fazendo uso indevido ou sobredosagem intencional com doses excessivamente grandes de loperamida.